terça-feira, 1 de março de 2011

Um novo projecto

Muitas vezes, quando escrevo aqui no blogue, não tenho a noção se a história do "livro" está dentro de contexto, se tem seguimento ou não, por isso agora, vou fazer diferente. Já comecei a trabalhar neste meu "novo projecto". A partir de hoje, a minha história será escrita em Word. Para já estou a copiar as publicações anteriores, mas a melhorar todos os capítulos já publicados. Vocês, seguidores, vêm esta história em bruto, é de certa forma, o deliberar dos meus pensamentos, por isso no final vão ter acesso a todas estas publicações em PDF, para que tenham acesso à verdadeira história de "O amor tem quatro olhos e duas bocas". Espero que gostem da ideia.

Originalmente, a ideia não é minha, mas sim do blogue Maça e Canela que fez o mesmo com o seu livro e que eu fiz questão de pedir que me enviasse o PDF e, achei uma óptima ideia trazer este formato digital aqui para o blogue.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O amor tem quatro olhos e duas bocas - Parte 8


Naquele momento não pensei no romantismo. Eu desejava aquele corpo, aquele homem. Às vezes ainda me interrogava o que teria eu de tão especial para agradar aquele homem tão perfeito. Ele até então tinha sido romântico, mas sinceramente a mim não me apetecia enrolar-me no lençóis suavemente. Não queria, de todo, dizer que o amava, que era maravilhoso e que tinha sorte em o ter encontrado. A verdade é que também nunca lhe dissera os meus sentimentos e, acho que até eu própria não tinha bem a certeza do que sentia, até hoje, por isso preferi ser eu própria. 

Quis entregar-me de corpo e alma, como nunca me tinha entregado a ninguém. Confesso que sempre tinha complexos com o meu corpo, apesar de vários homens me dizerem que era fabulosa nunca tinha conseguido entregar-me totalmente a uma noite de sexo. Não aguentei mais, entre gestos queridos dele, beijos doces que ele me dava por todo o corpo, entre a mão suave dele a deslizar pelas minhas costas e o seu respirar bem junto ao meu ouvido, fiz questão de o amarrar os braços, deslizar para cima dele e dar-lhe tudo o que o meu corpo ansiava. A vergonha, essa não existia entre nós, não sei como, mas a verdade é que o que eu queria era dar-lhe todo o meu prazer.

Naquele momento só queria que ela abrisse os olhos e visse como o mundo parou para nós. Desejava que ele sentisse o mesmo que eu; que me achasse fantástica como aquelas mulheres que vemos habitualmente no cinema; que reparasse como o meu corpo se mexia lentamente para ele me puder ver a minha silhueta. Querer eu queria muito coisa, mas aquele corpo deixava-me ofegante. Comecei a perder as forças. Ele percebeu que eu estava perto, bem perto de atingir o orgasmo. Amarrou-me com aqueles mãos grossas, de homem, pelo meu cu e puxou-me para ele. Beijou-me docemente e deitou-me na cama. Ele não conseguia ser violento e mesmo que tentasse tinha sempre um toque meigo, mas acabou por me surpreender. Quando me deitou na cama entrou bruscamente dentro de mim, sem pedir, sem anunciar que o iria fazer. Acho que tinha o orgasmo mais rápido de todo o sempre. Eu, pela primeira vez, implorei que ele parasse. Estava louca, mas ele não parou, aliás quanto mais eu implorava mais ele se excitava. Ele acabou por não se aguentar mais e eu consegui sentir tudo. Foi maravilhoso. 

Nos minutos a seguir não consegui proferir uma palavra, sequer. Estava cansada e com muita fome. Habilmente encostei-me ao corpo dele, pude sentir como estava ofegante, disse-lhe que tinha fome. Ele demonstrou-me aquele sorriso doce e pegou no telefone. Pelo que pude entender pediu a um empregado que preparasse o quarto dele para duas pessoas, com direito ao melhor "pequeno-almoço". Ele é de poucas palavras é mais de sorrisos e de emoções, mas desta vez não poupou nas palavras para pedir o que há de melhor na cidade de Paris. Pediu tudo a que tínhamos direito e mais alguma coisa e queria que dentro de meio hora tudo estivesse pronto para nós. Obrigou-me a vestir, o que foi muito difícil para mim, por isso tomou ele a iniciativa. Recolheu toda a minha roupa que estava espalhada pelo chão e sem eu pedir vestiu-me. No final soltou um sorriso maroto e disse: "Lá em baixo, vais ter de me dar banho, só eu e tu".

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Inspiração ou a falta dela

Gostaria de escrever mais aqui e, até tinha dito a um seguidor que na terça-feira publicaria e, de facto era o que eu desejava, mas a inspiração não veio. Dei voltas e voltas à cabeça durante dias e até hoje nada. Peço desculpa a todos, mas quando estiver apta prometo escrever :)

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O amor tem quatro olhos e duas bocas - Parte 7


Não consegui terminar o jantar. Estava tudo muito bonito. O ambiente estava romântico, tal como eu gosto. O quarto estava decorado da forma mais delicada do mundo, mas estava lá ele e era impossível resistir-lhe por muito tempo. O jeito como comia, o toque que fazia no seu cabelo, a maneira como falava... era tudo perfeito nele. Será possível ele ser um homem decente? Creio que não. É perfeito demais para isso. Eu juro que tentei lutar contra aquele sentimento. Não sei bem o que era, mas tinha a sensação de que andavam borboletas dentro do meu corpo. Apetecia-me rir só de olhar para ele, sem motivo aparente. Por momentos soltei um sorriso, mas no momento a seguir coloquei uma expressão facial mais séria para que ele não percebe-se que estava emocionada. Parei de pensar, agi com o coração. Espero que este não me atraiçoe. Não quis pensar e convidei-o para um duche. Ele disse que não. Fiquei intrigada. Sentei-me no colo dele, para o tentar seduzir. Tudo o que eu mais queria era aquele corpo inteiramente para mim. Na realidade, queria bem mais que o corpo, queria a alma, queria-o a ele inteiro só para mim. Apercebendo-se das minhas intenções, disse: "Ainda falta a sobremesa, querida"

Parei! Olhei para ele com um olhar desconfiado e sem pensar disse: "Desculpa, chamaste-me o quê?".  
"Chamei-te querida, porquê não gostas?" - disse ele.
"É estranho. Já há muito tempo que ninguém me chamava querida!" - acabei por confessar.
"A partir de agora chamo-te sempre querida, porque tu és sem dúvida a pessoa mais dócil que conheci" - disse ele com um olhar terno, enquanto tentava pegar-me ao colo.
"Que estás a fazer? Para onde me levas?" - perguntei. Acho que foi a pergunta mais estúpida para o momento. Às vezes consigo ser muito inconveniente.
"Apenas fecha os olhos e deixa-te levar, querida". - disse ele ao mesmo tempo que fechava a porta do quarto.

Neste momento não consegui dizer mais nada. Perdi noção do lugar para onde ele me levava. Sei que subimos escadas, que andamos de elevador durante cerca de meia hora. Tinha um certo receio que alguém me visse com ele. De certa forma, queria que fosse um momento desconhecido para os outros. Não queria que olhassem para mim como mais uma que caíra nos braços do patrão, por isso preferia que fosse tudo às escondidas. Enquanto tentava adivinhar onde estávamos, ele disse: "Abre os olhos, querida". Abri e senti um rajada de vento. Era fria, mas ele apertou-me contra o seu peito e nesse momento deixei de sentir o frio. Simplesmente deixei-me levar pelas emoções que levava ao peito.

Olhei, novamente, em redor. Da mesma forma que fiz quando descobri o que ele preparava para mim lá em baixo no quarto. Não percebia a razão da rajada de frio. Estava tudo decorado em tons de dourado e branco. Um verdadeiro encanto. Com pétalas de flores espalhadas pelo chão. Só depois é que me apercebi que estavamos no último andar do hotel. Em cima de todo. Estava maravilhada. Podia ver-se a Torre Eifel daquele lugar.

"Irei guardar no meu peito sempre esta imagem. É a melhor vista que vi até hoje. Obrigado, a sério" - disse eu com a lágrima no quanto do olho.
"Não tens de agradecer. Queria partilhar contigo um pequeno segredo meu. Este é o meu, segundo lugar, preferido no Hotel. Faz-me sentir mais calmo."
Curiosa como sempre perguntei: "Qual e o pirmeiro?"
"Um dia digo-te. Hoje ainda não mereces saber qual é, querida." - Disse ele num tom de brincadeira e com aquele sorriso misterioso."Vive o momento. Isto é tudo só para nós."

E de repente aquele lugar ficou iluminado. Pude ver que tinha uma cama no centro do telhado. Era redonda e parecia ser muito fofa. Sem pensar duas vezes, puxei pela gravata dele...

domingo, 2 de janeiro de 2011

Divagações *1

Gostava de fazer várias publicações do que a minha mente me permite imaginar, no entanto, o tempo não permite que o faço diariamente. Gostava de dedicar mais tempo ao prazer da escrita, mas ficamos apenas pelo desejo de escrever, porque escrever é hoje mais difícil do que ontem. Não pela imaginação, mas pelo tempo. Com isto, quero apenas agradecer a todos que passam por aqui, que comentam e que lêem o que escrevo. Por vocês prometo fazer uma publicação o mais rápido possível. Com o regresso às aulas pode ser que consiga gerir melhor o tempo. Mais uma vez muito obrigado por todos os comentários que têm deixado.