terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O amor tem quatro olhos e duas bocas - Parte 8


Naquele momento não pensei no romantismo. Eu desejava aquele corpo, aquele homem. Às vezes ainda me interrogava o que teria eu de tão especial para agradar aquele homem tão perfeito. Ele até então tinha sido romântico, mas sinceramente a mim não me apetecia enrolar-me no lençóis suavemente. Não queria, de todo, dizer que o amava, que era maravilhoso e que tinha sorte em o ter encontrado. A verdade é que também nunca lhe dissera os meus sentimentos e, acho que até eu própria não tinha bem a certeza do que sentia, até hoje, por isso preferi ser eu própria. 

Quis entregar-me de corpo e alma, como nunca me tinha entregado a ninguém. Confesso que sempre tinha complexos com o meu corpo, apesar de vários homens me dizerem que era fabulosa nunca tinha conseguido entregar-me totalmente a uma noite de sexo. Não aguentei mais, entre gestos queridos dele, beijos doces que ele me dava por todo o corpo, entre a mão suave dele a deslizar pelas minhas costas e o seu respirar bem junto ao meu ouvido, fiz questão de o amarrar os braços, deslizar para cima dele e dar-lhe tudo o que o meu corpo ansiava. A vergonha, essa não existia entre nós, não sei como, mas a verdade é que o que eu queria era dar-lhe todo o meu prazer.

Naquele momento só queria que ela abrisse os olhos e visse como o mundo parou para nós. Desejava que ele sentisse o mesmo que eu; que me achasse fantástica como aquelas mulheres que vemos habitualmente no cinema; que reparasse como o meu corpo se mexia lentamente para ele me puder ver a minha silhueta. Querer eu queria muito coisa, mas aquele corpo deixava-me ofegante. Comecei a perder as forças. Ele percebeu que eu estava perto, bem perto de atingir o orgasmo. Amarrou-me com aqueles mãos grossas, de homem, pelo meu cu e puxou-me para ele. Beijou-me docemente e deitou-me na cama. Ele não conseguia ser violento e mesmo que tentasse tinha sempre um toque meigo, mas acabou por me surpreender. Quando me deitou na cama entrou bruscamente dentro de mim, sem pedir, sem anunciar que o iria fazer. Acho que tinha o orgasmo mais rápido de todo o sempre. Eu, pela primeira vez, implorei que ele parasse. Estava louca, mas ele não parou, aliás quanto mais eu implorava mais ele se excitava. Ele acabou por não se aguentar mais e eu consegui sentir tudo. Foi maravilhoso. 

Nos minutos a seguir não consegui proferir uma palavra, sequer. Estava cansada e com muita fome. Habilmente encostei-me ao corpo dele, pude sentir como estava ofegante, disse-lhe que tinha fome. Ele demonstrou-me aquele sorriso doce e pegou no telefone. Pelo que pude entender pediu a um empregado que preparasse o quarto dele para duas pessoas, com direito ao melhor "pequeno-almoço". Ele é de poucas palavras é mais de sorrisos e de emoções, mas desta vez não poupou nas palavras para pedir o que há de melhor na cidade de Paris. Pediu tudo a que tínhamos direito e mais alguma coisa e queria que dentro de meio hora tudo estivesse pronto para nós. Obrigou-me a vestir, o que foi muito difícil para mim, por isso tomou ele a iniciativa. Recolheu toda a minha roupa que estava espalhada pelo chão e sem eu pedir vestiu-me. No final soltou um sorriso maroto e disse: "Lá em baixo, vais ter de me dar banho, só eu e tu".

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Inspiração ou a falta dela

Gostaria de escrever mais aqui e, até tinha dito a um seguidor que na terça-feira publicaria e, de facto era o que eu desejava, mas a inspiração não veio. Dei voltas e voltas à cabeça durante dias e até hoje nada. Peço desculpa a todos, mas quando estiver apta prometo escrever :)